Do NE10
Soma do cartão de crédito com o cartão de loja fez 50% dos entrevistados se endividarem
vulgada na manhã desta terça-feira (10) pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontou o desemprego como principal causador da inadimplência no Recife, o que não ocorria desde 2013.
vulgada na manhã desta terça-feira (10) pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontou o desemprego como principal causador da inadimplência no Recife, o que não ocorria desde 2013.
O estudo do Perfil de Inadimplência, feito de 21 a 25 de setembro pela CDL, revela que 28% dos consumidores entrevistados estão endividados pela perda do emprego. Este número reflete um aumento de 16,5 pontos percentuais na comparação anual.
A falta de planejamento e o descontrole foi resposta de 16% dos entrevistados. Ter sido fiador ou avalista foi o motivo de 15% se endividarem. A capital pernambucana segue uma tendência nacional, devido à crise enfrentada pelo País, segundo a CDL.
O cartão de crédito foi o vilão para a maioria dos recifenses, provocando o endividamento em 32%. Quando somado com o cartão de loja, o número sobe para 50%. O empréstimo bancário cresceu 14,6 p.p. na comparação com 2014, atingindo 23%.
A pesquisa também revelou que houve crescimento no grau de endividamento das famílias: 24% delas têm entre 51% e 80% da renda comprometida com o pagamento de contas. No ano passado, este número era de 5% em setembro. Além disso, 10% das famílias estão com mais de 81% da renda comprometida com as dívidas.
Também cresceu em 13,9 p.p. os consumidores negativados pela primeira vez na comparação anual. Não conseguiram honrar as dívidas pela primeira vez 46% dos entrevistados. A negativação é recorrente para 48% dos inadimplentes.
No estudo, a CDL percebeu aumento no número de clientes inadimplentes que disseram não ter condições de pagar suas dívidas: de 33%, em abril, o número passou para 46%, em setembro.
A maior parte dos consumidores (54%) afirmou que pretende quitar os débitos integral ou parcialmente. 56% dos clientes disseram que têm dificuldade de negociar as dívidas com as empresas.
Dos entrevistados, 17% alegaram não saber como fazer para economizar dinheiro. Já 13% disse que sua dificuldade é que os débitos são muito maiores do que os ganhos.
Além do descontrole com o dinheiro, a pesquisa também revelou que a alta inflação refletiu na relação ganhos x gastos. Não sobrou nada das economias de 50% dos entrevistados, que ainda ficaram com dívidas.
Já para 16% não sobrou nada, mas não se endividaram. Outros 16% conseguiram terminar o mês com dinheiro sobrando e ainda guardaram na poupança, fizeram aplicações ou deixaram reservado.
A percepção financeira atual dos consumidores também piorou. A avaliação de 27% foi de que a situação estava péssima. As avaliações positivas diminuíram, com 35% respondendo "ótima" e 10%, "boa". Regular foi a resposta de 41%.
PERFIL - As pessoas entre 21 e 50 anos - maior parte dos economicamente ativos -somam 69% dos inadimplentes no Recife. Apesar disto, a pesquisa percebeu crescimento no número de idosos inadimplentes.
As pessoas com mais de 60 anos correspondem a 14% dos que não conseguiram arcar com as dívidas. Este é o maior valor observado nessa faixa etária desde o início da pesquisa, em 2011, de acordo com a CDL.
Os homens ainda são a maioria dos inadimplentes (51,6%). A população cuja renda mensal é de até 3 salários mínimos correspondeu a 82% dos negativados. As pessoas com ensino médio completo ou incompleto são 53%. Os profissionais de empresa privada somam 24%.
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