A fraude pode passar de R$ 40 milhões e envolver mais de 20 prefeituras do Sertão e do Agreste de Alagoas.
Cinco prefeituras de Alagoas estão sendo investigas por desvio de, no mínimo, R$ 12 milhões de merenda escolar. A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizou ontem a Operação Brotherhood e cumpriu 20 mandados de busca e apreensão nas prefeituras de Traipu, Tanque d’Arca, Ibateguara, Roteiro e Girau de Ponciano, além de 15 mandados de condução coercitiva de empresários e funcionários públicos. A fraude pode passar de R$ 40 milhões e envolver mais de 20 prefeituras do Sertão e do Agreste de Alagoas.
As investigações começaram em meados do ano passado e foram mantidas em sigilo. Nem os delegados antigos da PF, como o ex-superintendente Bergson Toledo, sabiam. “Não sei de nada. Só vi os colegas e soube da operação hoje [ontem], quando cheguei para trabalhar, porque algumas pessoas foram ouvidas na minha sala”, disse o delegado Bergson ao ser cercado por jornalistas.
O chefe da CGU no Estado, José William Gomes da Silva, confirmou que a parceria da Controladoria com a PF se deu na análise dos documentos licitatórios a partir de denúncias surgidas no município de Traipu.
Na análise dos documentos, os auditores da CGU identificaram diversas irregularidades como conluio entre empresas para fixação de preços, superfaturamento, jogo de planilhas, empresas-fantasmas participando de licitações, sócios ocultos de empresas, ou seja laranjas, que participavam dos processos de licitação para dar um tom de legalidade nos certames, e falhas nos recebimentos dos gêneros da merenda escolar fornecida pelas empresas investigadas para outras quatro prefeituras.
Gazeta de Alagoas
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