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terça-feira, 5 de julho de 2016

Boato: Policia nega caso de policial estuprada e morta por menores no Rio



Três horas de viagem entre Parada de Lucas, na Zona Norte, até a comunidade do Cantagalo, em Ipanema, depois de um plantão de 24h. Segundo uma falsa notícia que circulou nas redes sociais, estes seriam os últimos momentos de uma suposta sargento de Polícia Militar, de 29 anos, descrita como uma profissional comprometida, filha apoiadora, evangélica e virgem. O boato de que ela foi estuprada e morta com 32 facadas por oito menores infratores com idades entre 13 e 17 anos chocou a internet. Mas até a foto do enterro é falsa.

De acordo com o site Folha Brasil, que veiculou a falsa matéria, a PM Alana Benatti conquistou a patente de sargento em apenas 7 anos de corporação. Sua mãe seria portadora de uma doença rara, a esclerose lateral amiotrófica, e tinha o tratamento custeado pela filha. O texto diz até que ela foi batizada em uma igreja evangélica e perdeu a virgindade ao ser violentada pelos menores na comunidade.

“Quando chegou em frente a residência dos pais ela desceu do carro e foi abrir manualmente o portão da garagem, neste momento três menores a renderam e outros cinco entraram no carro e levaram para uma mata denominada de Quilombo, lá a estupraram por duas horas consecutivas e depois deram 32 facadas no corpo da jovem”, diz o texto. “Suas amigas mais íntimas afirmaram que ela era virgem até o ato violento que deu fim a sua vida”.

Em uma rápida pesquisa na Internet, porém, é possível encontrar fotos da verdadeira mulher que seria a policial estuprada. Ela é identificada como Giusy Ranucci, uma modelo italiana que morreu em 2014, enquanto dormia, aos 24 anos. Já a imagem de um suposto enterro, na verdade, foi publicada pelo Extra em outubro do ano passado. Na ocasião, o corpo da corpo da atriz Yoná Magalhães era velado no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.




O texto diz ainda que os menores de idade foram apreendidos nas primeiras horas da manhã do último domingo e prestaram depoimento. Eles responderiam em liberdade pelo crime até o julgamento e ficariam no máximo três anos em uma fundação de bem estar do menor. No encerramento da matéria, o autor aproveita para fazer emitir uma opinião sobre o caso.

“A família perdeu a filha, e a patrocinadora do tratamento da mãe. A sociedade perdeu uma competente policial. Este é o Brasil dos Direitos Humanos”, opina.



Através da assessoria de imprensa, a Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que o caso é fictício.

Fonte: Extra

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