Anuncie aqui!

Anuncie aqui!
QUER ANUNCIAR NO BLOG: E-mail: [email protected] Fone: (87) 9 8857-0534 WhatsApp

Clique na imagem para outras informações

A M SEMENTEIRA - Mudas de hortaliças e legumes

A M SEMENTEIRA -  Mudas de hortaliças e legumes

Cia da Construção e Madeireira.

Cia da Construção e Madeireira.

Rua Joaquim Nabuco 33 Centro Garanhuns PE.

Rua Joaquim Nabuco 33 Centro Garanhuns PE.
Rua Joaquim Nabuco 33 Centro Garanhuns PE.

Maluquinha preço único

Maluquinha preço único
Avenida Santo Antônio, Centro Garanhuns-PE

Rua Melo Peixoto - Centro - Garanhuns - PE - Fone: (87) 9. 9677-5705

Rua Melo Peixoto - Centro - Garanhuns - PE - Fone: (87) 9. 9677-5705

sábado, 23 de janeiro de 2016

Álcool está associado a 50% dos casos de violência doméstica, indica estudo da USP

Levantamento envolveu 7.939 domicílios em 108 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. De 34,9% de casos de violência doméstica relatados, 17,4% ocorreram sob efeito do álcool. Os dados são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp.
VIOLNC1-659x340
O estudo também aponta que a gravidade das agressões é maior quando há ingestão da droga. O uso de armas e o abuso sexual (tanto ameaça quanto consumação), ocorreram, respectivamente, numa proporção dez e quatro vezes maior, quando comparados aos domicílios nos quais o agressor não estava sob efeito do álcool.
A crença de que o álcool é responsável pelas agressões diminui a culpa do agressor e aumenta a tolerância da vítima.
download (2)
A droga lícita mais utilizada no Brasil – com estimativa de 74,6% de uso na vida e 12,3% de dependência, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp – não somente está associada à violência como também parece favorecer o seu prolongamento.
Apresentado como dissertação de mestrado pelo psicólogo Arilton Martins Fonseca, o levantamento comparou a recorrência das agressões e verificou que, nos domicílios com agressores embriagados, a violência ocorre três vezes mais em períodos de um a cinco anos; seis vezes mais, entre 6 e 10 anos e, quatro vezes mais, quando as situações ultrapassam uma década.
De acordo com Fonseca, a crença de que o álcool é responsável pelas agressões diminui a culpa do agressor e aumenta a tolerância da vítima, podendo favorecer novos episódios. “Além disso, o padrão crônico de beber pode ser importante fator na reincidência das agressões e agravado quando a dependência já está instalada”, afirma.
Independentemente de sinais de embriaguez, os agressores são, em sua maioria, homens. Entretanto, quando o álcool está presente nessas situações, o sexo masculino é responsável por quase 90% dos casos de violência, contra 53% quando o homem está sóbrio. Entre as vítimas mais atingidas estão as esposas (35,7% quando há embriaguez e 17,9% nos episódios com sobriedade).
images
Medo, vergonha e despreparo.
Procurar ajuda ainda é um obstáculo a ser superado, tanto por quem apanha quanto por quem agride. Oitenta e seis por cento das vítimas de agressores alcoolizados e 89% dos agressores sóbrios nunca procuraram ajuda. Entre os agressores alcoolizados, apenas 11,4% procuraram apoio especializado para diminuir ou parar o uso da droga.
Segundo o psicólogo, fatores como medo, vergonha da família e perante a sociedade fazem com que muitas mulheres deixem de denunciar seus agressores e de procurar ajuda em serviços de saúde básica.
Apesar de ainda muito pequena, a procura por ajuda é cinco e sete vezes maior, respectivamente, nos serviços de segurança e nos serviços de saúde quando as vítimas são de agressões pelo álcool. “A busca, em maior número, pelos serviços de saúde pode estar associada à maior severidade da violência que ocorre quando o agressor está embriagado”, afirma o pesquisador.
Fonseca explica que, embora a violência doméstica venha ganhando cada vez mais espaço em estudos, ainda são poucos os serviços organizados para atender a esses casos. “Os profissionais de saúde não contam com instrumentos de reconhecimento e registro dos casos atendidos nesses serviços, além de não estarem preparados para orientar essas vítimas sobre seus direitos e encaminhá-las aos demais serviços de apoio existentes”, afirma.
maria-da-penha
Para ele, esses profissionais ainda têm dificuldades em reconhecer a violência doméstica como problema de saúde pública. “O uso de álcool e a violência doméstica são fenômenos complexos e, para que haja uma compreensão da questão álcool e violência é preciso que esses profissionais somem esforços para se estabelecer redes inter e multidisciplinares”, explica.
Dados mais detalhados da pesquisa
Características sociodemográficas:
58,4% dos entrevistados eram mulheres;
44,6% eram casados;
51,3% tinham mais de 35 anos;
28,3% eram analfabetos ou tinham o ensino fundamental incompleto;
42,2% pertenciam à classe baixa. Entre os agressores alcoolizados, esse índice subiu para 49,8%, contra 17,2% dos agressores alcoolizados de classe alta e, 33%, de classe média.
download (3)
Histórico de violência:
34,9% relataram algum episódio violento, em, 17,4% houve a presença de álcool associada;
61,4% dos agressores alcoolizados tinham entre 31 e 59 anos. Apenas 11,4% deles procuraram ajuda para diminuir ou parar o uso da droga;
35,7% das vítimas de agressores alcoolizados são esposas. Esse índice cresce duas vezes quando comparado a agressores não alcoolizados;
86,4% das vítimas de agressão por álcool não buscaram ajuda em serviços especializados;
A recorrência de violência é seis vezes maior quando o álcool está envolvido num período entre seis e dez anos e, quatro vezes, quando ultrapassa uma década.
A proporção de agressão física quando há presença de álcool foi duas vezes maior; o uso de armas, 10 vezes, e, o abuso sexual, quatro vezes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

QUER ANUNCIAR NO PORTAL Ligue 87 9.8857-0534