Por ato do secretário de educação de Pernambuco, Frederico Amâncio, a professora Andrea Nunes foi exonerada da direção da Escola Simoa Gomes, localizada na Cohab II.
Assim que o ato foi publicado no Diário Oficial do Estado, na sexta-feira, começaram as especulações. Assessores e simpatizantes da diretora, que é também vereadora, divulgavam versões que o deputado Sivaldo Albino estava por trás da demissão.
Altamir Pinheiro, que colabora com este e outros blogs de Garanhuns chegou a escrever um artigo endossando a participação do parlamentar do PSB no afastamento de Andrea.
Na Cohab II, outros atribuíam a exoneração a ingerência da vereadora Betânia da Ação Social.
Sivaldo estava em Toritama, ontem à tarde, quando soube da notícia e por telefone disse ao editor do blog que não tem absolutamente nada a ver com a exoneração da diretora, pois tem assuntos mais importantes a se preocupar e não vai se envolver com política de escola.
O mais provável é que a saída de Andrea Nunes seja mero ato administrativo.
Andrea teve pouco mais de 1200 votos para vereadora em 2016 e ficou na suplência. Este ano, com a convocação de Gersinho Filho para a Secretaria de Agricultura, ela assumiu a vaga.
Logo no início do mandato, inexperiente, deu uma entrevista desastrosa na Rádio Marano defendendo a locação de 14 carros pela Câmara para atender a necessidade dos vereadores. Para completar, revelou que costumava levar em seu automóvel particular até 12 crianças ou adolescentes, envolvidos na prática de esportes.
Chegou a brincar, na referida entrevista, dizendo esperar que a guarda municipal não a multasse.
Em janeiro Andrea Nunes recebeu o salário integral de vereadora, o salário de professora do estado e a gratificação de diretora, mais a remuneração de professora do município.
Mais de um advogado da cidade disse que a professora não podia acumular a função de diretora da Simoa Gomes, que exige tempo integral, com o mandato de vereadora.
Em fevereiro, para evitar mais problemas, Andrea se licenciou do município como professora.
Aliada do prefeito Izaías Régis, que é inimigo do governador Paulo Câmara, a vereadora certamente saiu da direção da escola mais por questão de legalidade e por esse histórico acima.
Querer envolver Sivaldo ou Betânia nessa história nos parece mais uma tentativa de atenuar o impacto da demissão e a possível irregularidade praticada pela vereadora.
Blog Roberto Almeida
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