Após reunião, transplantes de rins são suspensos novamente em Caruaru

Decisão tomada em encontro com o MPPE refere-se aos novos pacientes.
Coordenadora da Central de Transplantes destaca necessidade de vistoria.

A realização de novos transplantes de rins foi suspensa novamente em Caruaru, no Agreste. A decisão ocorreu após uma reunião na quinta-feira (20) entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsáveis da unidade de saúde onde o serviço é oferecido, e a coordenadora da Central de Transplantes do estado, Noemy Gomes.

Para o promotor Paulo Augusto Oliveira, o encontro foi importante para ouvir todas as partes envolvidas. "Constatamos que a suspensão dos novos transplantes é uma exigência não apenas pela falta de repasse do estado, como havia sido anunciado, mas pela falta de estrutura da unidade de dar continuidade a este serviço".

Ainda segundo o promotor, foram identificados problemas de ordem técnica, o que inclue a composição da equipe. "Na hipótese de surgir transplante para pacientes de Caruaru e região, esses serão encaminhados ao Imip [Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira] ou Hospital Português".

Enquanto aos pacientes transplatados que fazem tratamento ambulatorial no Hospital Santa Efigênia, "unidade tem condições e continuará dando essa assistência a eles", destaca o promotor. Uma fiscalização deve ser realizada. "Há a necessidade de uma vistoria técnica na instituição para que a gente possa, realmente, ter a segurança de fazer o transplante na Casa Santa Efigênia", declara a coordenadora da Central de Transplantes do estado, Noemy Gomes.

Primeira suspensão e retomada
Os serviços de transplante de rins foram retomados na terça-feira (18) em Caruaru. O tratamento ambulatorial, segundo o diretor médico José Galvão, também havia sido regularizado.

A anúncio de que os transplantes de rins deixariam de ser realizados temporariamente em Caruaru foi feito à imprensa no dia 13 de agosto. Segundo diretor médico, o hospital não é credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento ambulatorial necessário a quem passa por este tipo de cirurgia. Cerca de 300 pacientes já foram transplantados na unidade, ainda segundo a direção.A medida ocorreu após recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para a Casa de Saúde Santa Efigênia. Na época, de acordo com a nota enviada pelo MPPE, representantes do hospital deveriam “manter contato com os pacientes que tiveram procedimentos suspensos - desde o dia 11 de agosto - agendando-os para data mais próxima
G1