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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Um ano sem Eduardo

Hoje, um ano após a morte trágica do ex-governador Eduardo Campos, não dá para esquecer aquela traumática manhã de quarta-feira de agosto. Estava na Stampa Outdoor com o meu amigo Durval Costa, irmão do deputado Ricardo Costa (PMDB), discutindo a campanha de mídia comemorativa aos nove anos do meu blog quando recebo uma ligação de uma amiga jornalista da Folha de São Paulo, em Brasília.

Atônita, pedia para ficar ligado que corria a informação de que havia caído um avião em Santos, sem escapar ninguém, no qual estava Eduardo. Vasculhei na internet alguma informação e não encontrei absolutamente nada, isso antes das dez da manhã. Cinco minutos após, a mesma repórter liga para dizer que se tratava de um helicóptero e que não era o avião de Eduardo, mas nada de oficial, tudo boato. Foi um alívio!

Mal desliguei, entretanto, o telefone, ela me liga de volta com a informação de que se tratava de fato do avião de Eduardo e que ele havia morrido. A informação era quentíssima e não aparecia ainda em nenhum blog. Arrisquei a primeira postagem, mas, cauteloso, informava que não era oficial. Cinco minutos depois a TV-Globo abriu uma edição extraordinária confirmado a fatalidade, que chocou o País.

O neto de Arraes, aos 49 anos, foi levado à eternidade no dia seguinte após a histórica entrevista ao Jornal Nacional, da TV-Globo, na qual cravou a frase antológica: “Não vamos desistir do Brasil”. Político por vocação, economista por formação, Eduardo morreu no auge da sua carreira extremamente bem sucedida, em que ensaiava o voo nacional rumo ao Palácio do Planalto. Todo morto acaba sendo endeusado. As pessoas só reverenciam e lembram do seu lado bom.

Com Eduardo, não poderia ser diferente. Mas o ex-governador, se por um lado se revelou bom gestor, apontado como o melhor governador do País em diversas pesquisas do Datafolha, por outro, como todo político, cometeu falhas, errou feio em muitas ocasiões. Errou principalmente quando quis exercitar o seu lado mais perverso: coronelesco e centralizador. Teve desacertos também quando, em alguns momentos, resistiu ao contraditório.

Mas ele nunca admitiu a vocação para coronel. “Isso só acontece quando alguém nasce por aqui. Nunca vi um rótulo desses num político carioca, paulista ou mineiro. Então lamento, porque é uma coisa desqualificando. Que maneira tenho de botar ordem aqui? “É um coronel.” Tá bom. (Falar) é um direito (deles). Fazer o quê? Esta foi a resposta dada numa certa ocasião a uma provocação da mídia nacional ao que os adversários diziam dele nos bastidores, mas não assumiam em público.

Eduardo era amado e odiado, como todo príncipe, segundo os preceitos de Maquiavel. Unanimidade era o seu lado sedutor. Foi graças ao seu grande poder de sedução que conseguiu a façanha de acabar com a oposição no Estado. Em algumas fases do seu Governo, não havia o contraditório. Governou em céu de brigadeiro. Até o PT, de quem “roubou” a Prefeitura do Recife, bateu continência para ele durante uma fase.

Era unanimidade, intocável, único, absoluto, um rei, num Estado que, historicamente, oposição e governo não se misturavam, como óleo e água. Um repórter da revista Época, que veio ao Recife levantar um perfil detonador de Eduardo, acabou mudando a pauta chegando a escrever: “Seus translúcidos olhos verdes são, surrupiando um autor contemporâneo, como pássaros querendo voar para fora da cara. Campos é, sobretudo, olhos. Na beleza variante da cor, que fisga a atenção, e, principalmente, na mirada, no manejo que lhes sabe dar, ora águia, ora cobra, focados na sedução. “

Como se vê, Eduardo estava cadastrado numa pasta única, chamada Eduardo Campos. Nesta pasta estava um político jovem, mas de carreira incrivelmente robusta, algo único hoje fora do PT e do PSDB. Herdeiro de uma raposa política do Nordeste, o avô Miguel Arraes, Eduardo era, ele mesmo, um cacique poderoso, capaz de arregimentar aliados no Legislativo, no Judiciário, na imprensa, entre ONGs, políticos e entidades de classe em seu Estado.

Num País que, impiedosamente, costuma achar farinha do mesmo saco todos os políticos, Eduardo Campos era uma ave rara. Jovem, dinâmico e competente Eduardo deixa uma lacuna nesta nova geração e o povo brasileiro sente falta de sua contribuição para um País melhor, mais justo e menos desigual.

 Fonte: Blog do Magno Martins
Fonte: DailyMail

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