Às vésperas do carnaval, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Albuquerque, e o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, foram retirados das chefias nesta sexta-feira 17 de fevereiro de 2017.
O Governo de Pernambuco já escolheu os substitutos do comandante da Policia Militar, coronel Carlos D’Albuquerque, e o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros.
O novo chefe da Polícia Civil será Joselito Kehrle, que atualmente faz parte da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM) da Polícia Civil, e o novo comandante da PM será Vanildo Maranhão, que integra a Diretoria Integrada Especializada (DIRESP).
O estado vem registrando números crescentes de violência. Os dois comandantes das corporações vinham enfrentando pressão das entidades que representam os policiais civis e militares desde o ano passado. A revisão dos salários e as condições de trabalho foram uma reclamação constante das entidades.
Desde dezembro, policiais militares vêm realizando uma operação-padrão como forma de protesto. Em janeiro deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS), registrou 479 pessoas assassinadas no estado, uma média de 15 por dia.
Reajuste
O projeto que prevê aumentos entre 25% e 40% para policiais e bombeiros militares de Pernambuco foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (17/02), após ser sancionado pelo governador Paulo Câmara.
Foi publicado também o aumento da remuneração dos profissionais através do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES).
Além de propor correções nos salários nos meses de maio de 2017 e abril e dezembro de 2018, a lei nivela os salários dos militares com a Polícia Civil. De acordo com o governo do estado, o reajuste representa
um acréscimo de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017.
Apesar de o governador alegar que a proposta atende às reivindicações dos PMs e bombeiros, os profissionais têm demonstrado, por meio de manifestações, o descontentamento com o percentual oferecido pelo estado. Atuando em Operação Padrão desde dezembro de 2017, os profissionais alegam que os valores não atendem aos anseios da tropa e ainda se queixam de más condições de trabalho.
Durante dois dias de votação na Alepe, os profissionais se reuniram do lado de fora da casa para esperar o desfecho da votação.
Na terça-feira (14), dia da votação em primeiro turno, a categoria recebeu a notícia da aprovação do projeto aos gritos de “não vai ter Galo”, sinalizando que a segurança do carnaval de Pernambuco seria comprometida devido aos votos de 32 deputados estaduais, favoráveis à proposta.
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