“Disseram que estava tudo certo e mandaram ele embora... depois voltou roxo e morreu”, denuncia mãe em meio à comoção e revolta em Garanhuns
Uma tragédia marcada por revolta e indignação abalou a cidade de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, na noite da sexta-feira, 16 de maio de 2025. Um menino de apenas 5 anos morreu na ala pediátrica do Hospital Regional Dom Moura, com suspeita de dengue hemorrágica — a forma mais grave e letal da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti.
A mãe da criança, moradora do bairro Cohab 2, acusa o hospital de negligência médica. Segundo ela, o menino deu entrada na unidade por volta das 15h com febre alta. Ele foi atendido, tomou soro e dipirona na veia e, em seguida, foi submetido a um hemograma. Ainda de acordo com a mãe, após ver o resultado do exame, a médica afirmou que "estava tudo certo" e que não havia necessidade de internação, liberando o menino para casa.
No entanto, horas depois, o quadro clínico do garoto piorou drasticamente. A febre voltou, chegando a 38 graus, e os pais notaram que ele começou a ficar com manchas roxas pelo corpo. Em desespero, retornaram ao hospital com a criança já em estado crítico. Pouco tempo depois, por volta das 22h, o menino não resistiu e foi a óbito.
A dor da família se transformou em revolta. Parentes e moradores do bairro foram até o hospital protestar, cobrando explicações da direção e denunciando o que classificam como um grave erro médico. “Disseram que estava tudo certo, que ele podia ir pra casa. Depois voltou roxo, febril, e morreu. Isso foi negligência!”, afirmou a mãe, emocionada.
A comoção gerada pelo caso acende um alerta para o possível aumento de casos graves de dengue na região e para a urgência de melhorar a estrutura e o preparo da rede pública de saúde. Moradores temem um surto iminente e cobram ações imediatas do poder público para combater o mosquito transmissor.
A equipe do Agreste em Alerta entrou em contato com a assessoria do Hospital Dom Moura, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, a comunidade exige respostas, justiça e providências para que outras famílias não passem pela mesma dor.
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